JOÃO DAMASCENO XAVIER CARNEIRO
UNS DOS HERÓSIS DA RESOLUÇÃO DE 1817, NA CIDADE
DE SÃO JOSÉ DE MIPIBU
VIGÁRIO DE SÃO JOSÉ DE MIPIBU, ENVIADO PELO GOVERNO
PROVISÓRIO DE PERNAMBUCO E UM DOS CEREBROS
DO MOVIMENTO POTIGUAR. FALECEU EM 25 DE JUNHO DE 1817
PADRE JOÃO DAMASCEINO XAVIOER CARNEIRO
Padre JOÃO DAMASCENO
XAVIER CARNEIRO Nasceu na Paraíba, no ano de 1.757, sendo filho do provedor ANTÔNIO CARNEIRO DE ALBUQUERQUE e INÊS RITA DE MELO MONTEIRO.
Casou-se com ANA MARIA DA CONCEIÇÃO em 1780. Era parente de Padre .
Miguelinho.
Teve dois filhos: Joaquim Manuel e Ana Joana. Foi escrivão em
São José de Mipibu, sendo proprietário de sítios, é o que afirma Luís da Câmara
Cascudo (História do Rio Grande do Norte). Enviuvando, ordenou-se padre.
Tornando-se vigário em São José de Mipibu. Foi depois transferido para a
Paróquia de Una–PE e, posteriormente visitador do Rio Grande do Norte e Ceará.
Encontrava-se em Recife quando se precipitaram os
acontecimentos revolucionários (março de 1817), sendo designado como um dos emissários
enviados às capitanias vizinhas, com objetivo de melhor assegurar adesões.
Coube a ele o Rio Grande do Norte.
Após o seu encontro com André de Albuquerque, este não teve
mais vacilações (Tavares de Lira, História do Rio Grande do Norte). Foi preso
na contra revolução de 25 de abril permanecendo em Natal até meados de julho do
mesmo ano. Sendo recambiado para a Bahia na escuna
Sendo recambiado para a Bahia na escuna (antiga embarcação,
pequena, de dois mastros e vela latina-quadrangular) “Foguete” que, num
determinado momento da viagem, apresentou problemas de navegação na altura da
praia de Pititinga (dia 18), onde ancorou por alguns dias. Ali faleceu Pe. João
Damasceno, após sete dias.
Posteriormente, o Pe. Joaquim Manuel de Albuquerque Melo, seu
filho, então vigário em Extremoz, exumou o cadáver do seu pai na praia (que
pertencia àquela jurisdição) e deu-lhe sepultura digna na capela-mor da Igreja
Matriz de São Miguel.
Segundo o historiador Luís da Câmara Cascudo, o Pe. Damasceno
era, realmente, a alma da revolução, o agente de ligação, determinador de
atitudes subsequentes no Rio Grande do Norte.
Quando as tropas da monarquia invadiram o Palácio do governo
revolucionário e mataram o governador André de Albuquerque, apenas o Pe.
Damasceno lá se encontrava, “fiel, impassível... ao lado”, sem temor e tremor.
Dificilmente teria escapado à forca, se a morte não o
acolhesse antes. A Alçada já o tinha classificado como “réu em pena de morte
natural”, bem antes de ser embarcado e transportado para Recife, onde seria
julgado “pelo horroroso e manifesto crime de usurpação da real soberania”. Por
aí se vê como eram julgados e condenados aqueles que caíam no desagrado da
“paternal doçura do governo d´El-Rei”.
Não consta que o Pe. Damasceno tenha pegado em armas ou
dirigido tropas. Sua missão foi sempre a de um diplomata e de um articulador.
Era vigário de Una, em PE, quando foi eleito visitador episcopal para a
província do Rio Grande do Norte.
Veio para cá em companhia do Pe. Francisco de Barros e por serem
ambos considerados pelos revolucionários os mais “sedutores catequistas” foram
incumbidos de dupla missão: ao mesmo tempo que faziam a visita canônica,
tratavam de trazer André de Albuquerque Maranhão para a causa. “Catequistas
aliás muito afortunados; porque com pouco trabalho e tempo desempenharam
plenamente sua missão”. Não foi difícil convencer André de Albuquerque, ou
foram convincentes demais os argumentos dos dois padres.
O Pe. Barros seguiu para o Ceará e Pe. Damasceno permaneceu
em Natal, como conselheiro e preceptor junto ao Governo Provisório. Foi tão
grande a sua influência, que nela se fundamentou o processo de sua condenação.
Na “Memória” que enviou a El-Rei sobre os acontecimentos de
1817, em Natal, o governador legalista acusa o Padre Damasceno de ter
“convertido” André de Albuquerque, acrescentando que este “começou a governar
segundo as insinuações de seu preceptor, Pe. João Damasceno Xavier”.
FONTE - INTERNET
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