FATOS POLICIAIS

quarta-feira, 24 de abril de 2024

JOÃO DAMASCENO XAVIER CARNEIRO

 


JOÃO DAMASCENO XAVIER CARNEIRO

UNS DOS HERÓSIS DA RESOLUÇÃO DE 1817, NA CIDADE DE SÃO JOSÉ DE MIPIBU

VIGÁRIO DE SÃO JOSÉ DE MIPIBU, ENVIADO PELO GOVERNO PROVISÓRIO  DE PERNAMBUCO E UM DOS CEREBROS DO MOVIMENTO POTIGUAR. FALECEU EM 25 DE JUNHO DE 1817

PADRE JOÃO DAMASCEINO XAVIOER CARNEIRO

Padre  JOÃO DAMASCENO XAVIER CARNEIRO Nasceu na Paraíba, no ano de 1.757,  sendo filho do provedor ANTÔNIO CARNEIRO DE ALBUQUERQUE e INÊS RITA DE MELO MONTEIRO. Casou-se com ANA MARIA DA CONCEIÇÃO em 1780. Era parente de Padre . Miguelinho.

Teve dois filhos: Joaquim Manuel e Ana Joana. Foi escrivão em São José de Mipibu, sendo proprietário de sítios, é o que afirma Luís da Câmara Cascudo (História do Rio Grande do Norte). Enviuvando, ordenou-se padre. Tornando-se vigário em São José de Mipibu. Foi depois transferido para a Paróquia de Una–PE e, posteriormente visitador do Rio Grande do Norte e Ceará.

Encontrava-se em Recife quando se precipitaram os acontecimentos revolucionários (março de 1817), sendo designado como um dos emissários enviados às capitanias vizinhas, com objetivo de melhor assegurar adesões. Coube a ele o Rio Grande do Norte.

Após o seu encontro com André de Albuquerque, este não teve mais vacilações (Tavares de Lira, História do Rio Grande do Norte). Foi preso na contra revolução de 25 de abril permanecendo em Natal até meados de julho do mesmo ano. Sendo recambiado para a Bahia na escuna 

 

Sendo recambiado para a Bahia na escuna (antiga embarcação, pequena, de dois mastros e vela latina-quadrangular) “Foguete” que, num determinado momento da viagem, apresentou problemas de navegação na altura da praia de Pititinga (dia 18), onde ancorou por alguns dias. Ali faleceu Pe. João Damasceno, após sete dias.

Posteriormente, o Pe. Joaquim Manuel de Albuquerque Melo, seu filho, então vigário em Extremoz, exumou o cadáver do seu pai na praia (que pertencia àquela jurisdição) e deu-lhe sepultura digna na capela-mor da Igreja Matriz de São Miguel.

Segundo o historiador Luís da Câmara Cascudo, o Pe. Damasceno era, realmente, a alma da revolução, o agente de ligação, determinador de atitudes subsequentes no Rio Grande do Norte.

Quando as tropas da monarquia invadiram o Palácio do governo revolucionário e mataram o governador André de Albuquerque, apenas o Pe. Damasceno lá se encontrava, “fiel, impassível... ao lado”, sem temor e tremor.

Dificilmente teria escapado à forca, se a morte não o acolhesse antes. A Alçada já o tinha classificado como “réu em pena de morte natural”, bem antes de ser embarcado e transportado para Recife, onde seria julgado “pelo horroroso e manifesto crime de usurpação da real soberania”. Por aí se vê como eram julgados e condenados aqueles que caíam no desagrado da “paternal doçura do governo d´El-Rei”.

Não consta que o Pe. Damasceno tenha pegado em armas ou dirigido tropas. Sua missão foi sempre a de um diplomata e de um articulador. Era vigário de Una, em PE, quando foi eleito visitador episcopal para a província do Rio Grande do Norte.

Veio para cá em companhia do Pe. Francisco de Barros e por serem ambos considerados pelos revolucionários os mais “sedutores catequistas” foram incumbidos de dupla missão: ao mesmo tempo que faziam a visita canônica, tratavam de trazer André de Albuquerque Maranhão para a causa. “Catequistas aliás muito afortunados; porque com pouco trabalho e tempo desempenharam plenamente sua missão”. Não foi difícil convencer André de Albuquerque, ou foram convincentes demais os argumentos dos dois padres.

O Pe. Barros seguiu para o Ceará e Pe. Damasceno permaneceu em Natal, como conselheiro e preceptor junto ao Governo Provisório. Foi tão grande a sua influência, que nela se fundamentou o processo de sua condenação.

Na “Memória” que enviou a El-Rei sobre os acontecimentos de 1817, em Natal, o governador legalista acusa o Padre  Damasceno de ter “convertido” André de Albuquerque, acrescentando que este “começou a governar segundo as insinuações de seu preceptor, Pe. João Damasceno Xavier”.

FONTE - INTERNET

JOÃO DAMASCENO XAVIER CARNEIRO

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